JPVeiga
Do apertado ventre
Da avezinha morta
Grita sozinho
O pequeno ovo
Já não existem mais
Outros tantos quantos
Já não vivem mais
Quantos outros tantos
Porque somos iguais!
Pensa a ainda não ave viva
Porquê? Somos iguais?
Sofre o ainda não vivo. Ave!
Ser, ter sido fecundado
No calor, no ardor do amor,
Não dá, nem é
Garantia de nascer
Ter, ser um quase vivo
Aqui, lá fora
Ou trancado numa casca,
Não é nem dá garantia de morrer
Porque é melhor
Sorrir, no escuro palco da morte
Do que chorar, no claro
Patíbulo da vida
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