O Homem
Variz da Meiga
Estranhos e incompreensíveis
São os caminhos que levam ao Senhor!
A mim?
Perguntou o fiel se levantando.
Caminhos que levam até o Senhor,
Repetiu o pastor.
Ao Senhor!
Pois então, a mim?
Ora, eu vim até aqui em busca de paz,
Em busca de tranquilidade, anonimato,
E o que encontro?
Um pastor incitando o povo a me encontrar!
Já sei, me reconheceram,
Viram dentro desta casca que me esconde,
A estrela que sou!
Fui descoberto!
Senhor, perguntou o pastor,
Quem és tu, que trazes dentro de si toda esta empáfia?
Eu, respondeu o homem,
Sou aquele que não sabia ser,
Sou aquele que fui sem ter sido,
Sou aquele que poderia ter e ser,
E não sei se tive ou se fui!
Eu sou o homem comum,
Aquele que vive a vida,
Desde que o homem é homem.
Aquele que não sabia ser,
E no entanto é!
A maior criação
Deste senhor que o senhor diz
Ser o Senhor.
E na verdade é apenas
O início,
O fim,
E os meios.
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